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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

A coisa que eu nunca tive.

Existe uma fase da vida que a gente busca por aquilo que todo mundo procura desesperadamente, e que talvez seja tão desnecessário quanto jogar sal no mar; O pra sempre. Existe também uma fase nessa nossa mesma vida injusta na qual acreditamos achar esse pra sempre; e pra detonar com todas as nossas expectativas, vem o que mais temiamos; descobrimos que o nosso pra sempre não era o pra sempre que a gente achou que seria, não dessa vez, ele só estava de passagem. Hoje decidi escrever, talvez para poder falar tudo o que eu sinto, eu não sei, não sei porque afinal eu escrevo. Talvez seja para me livrar de pesos que eu não consigo sozinho, por isso, posto para que me leiem, e para que possam sentir o que eu sinto, ou não.

Existe uma cena em um seriado (Desperate housewives; o qual é o meu preferido) se não me engano é o último episódio da sétima temporada, no qual Lynette e tom (O casal perfeito aos olhos dos fãs que acompanham a série) decidem se separar por um dos querer controlar mais que o outro. Quando Lynette chega em casa e procura pelas malas de Ton, ela descobre que ele a deixou, em seguida, o encontra na cozinha. Ela espantada então, desce as escadas e os dois tem o seguinte diálogo:

- Onde você estava? - Perguntou ela.
- Tinha ido ao mercado, acabaram as laranjas.

(Silêncio. E Lynette ainda de braços cruzados, e fazendo o que mais sabe fazer; nos emocionar, prossegue)

- Mas suas malas desapareceram.
- É. Eu ia te deixar, mas aí no meio do caminho me lembrei das crianças. Me perguntei qual seria a desculpa que você inventaria para suas amigas quando perguntassem por mim. Me perguntei o que falaria para Penny (filha do casal) e decidi voltar.

(Lynette então começa a chorar calada)

- Quando vi que suas coisas haviam desaparecido, deduzi que você tivesse me deixado. E me perdoe pelo que vou dizer. - Ainda chorando e gesticulando de forma que faça o expectador chorar também. - mas o que eu senti, foi alívio.



E eu mais do que ela sei como é sentir alívio. Hoje me deparei com algo que sempre me rondou, uma desconfiança a respeito de quem eu me relacionava. E acreditem; onde há fumaça, há fogo, e se talvez você não notar, talvez acabe virando cinzas. É isso gente, a gente passa o tempo todo preocupado em o que fazer no amanhã com a pessoa com a qual nos relacionamos e acabamos esquecendo de conhecê-las mais, de tentar aprofundar mais nos sentimentos, na coisa boa de tudo. Eu tentei fazer diferente neste (relacionamento) o que eu não fiz nos passados, e eu simplesmente descobri que o fato de não ter dado certo (com meus relacionamentos passados) a culpa era totalmente minha, se não fosse totalmente era pelo menos a parcela maior. E nesse?! Eu estou aliviado por estar impune desse sentimento de culpa, aquele que a gente sente sempre quando algo dá errado por nossa culpa, sabe qual? Creio que sabem. Fiz tudo para que desse certo, fiz tudo para não pensar no amanhã, não me preocupar com coisas pequenas, fiz tudo para que o namoro decolasse, e decolou, por seis à quase sete meses, mas o voo não vingou. Não houve combustível o suficiente. E agora sinto um estrondo dentro de mim.

Ele gostava de ficção e eu de coisas mais reais; um drama, um suspense. Ele gostava de cerveja e eu sou apaixonado por caipvodka, tão diferentes, e eu que achei que diferença era o que mantia as pessoas unidas. É, no final, eu me rendo, me rendo a entender as pessoas e suas cabeças confusas. O fato é que quanto mais temos, mais queremos. E é aí que fode!

Contudo, peço-me desculpas (isso mesmo. Me peço) por ter criado mais uma vez expectativas em uma pessoa, que mesmo com todas as apostas, não pôde suprí-las. E agora fica a sujeira de um término, mas eu estou com uma preguiça de fazer faxina, me renovar, talvez eu varra apenas pra baixo do tapete, e aí fica tudo bem.





"O que vai volta. Houve um tempo em que eu pensei que você fazia tudo certo, sem mentiras, sem erros. Mas garoto, eu deveria estar louca" (8)

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