Sinto meus batimentos se acelerarem num arrepio que me rasga dos pés a cabeça. Minhas pupilas dilatam. De repente me sinto no auge de uma loucura insana. Meus olhos trincam e sinto todo o meu corpo formigar. Viajo nos detalhes e fico neurótico. É como se o mundo todo conspirasse contra mim. É como se não existisse nada além de mim. É como se não existisse mais nada além dos detalhes. Percebo a vida com outros olhos. Meus sentidos ficam mais apurados. Não toque em mim, por favor. Exclamo. Ouço a mesma música várias vezes no mesmo dia. Que sensação gostosa. Essa é da boa. Onde arrumou? Me perguntam. Não sei explicar, a emoção é muita. Não sei explicar. Não sei me explicar. Sorrio. Apenas rio. Um riso feliz. Tão eu. Tão forever. Tão para sempre. Queria que essa onda durasse eternamente, mas pedir que todas essas sensações enganosas percorram por minhas veias para sempre é pedir demais. É pedir muito. Meus olhos trincam. Meu olhar cai. Meu olhar se aperta. Ando sorrindo por aí. Me esquecendo de coisas. Prestando atenção nos detalhes. Falando coisas com coisas. Frases dispersas. Palavras soltas. Endenteu? É que parece droga, mas é amor.
terça-feira, 25 de março de 2014
segunda-feira, 10 de março de 2014
Metade.
Metade de mim quer você pra mim!
Metade de mim não quer você pra mim!
Metade de mim quer sorrir ao ver você sorrir todos os dias pela manhã!
Metade de mim quer somente acordar e sentir o conforto de seu belo peitoral!
Metade de mim arrancaria todos os sentimentos de meu peito e os jogaria em cima de você!
Metade de mim pede para esperar o tempo passar.
Todas as metades de mim ficariam em certo por metades e se tornariam quatro metades se você não me somasse por inteiro.
Todas as metades de mim querem ser uma metade para que com sua metade se tornem por inteiros.
Para que eu e você
Para que eu e
Para que eu
Para que
Pare!
quinta-feira, 6 de março de 2014
Universo, conspire!
Negro céu. Escuras nuvens que me trazem frescor. Estrelas incertas que brilham picadas pela imensidão me dão um certo ar de tranquilidade. O vento percorre pelas narinas e preenche todo o meu corpo em um fluxo só. A areia por baixo dos meus pés invadem os espaços entre meus dedos descalços. Não sei o que me trouxe aqui. Minha cabeça está confusa. Está vazia. Não peço nada hoje. Não quero nada hoje. Só por hoje, eu não peço e nem quero nada.
Só por hoje, tento ser um menino bom. Sem expectativas busco por alguns cantos algum vestígio que possa me salvar dessa imensidão que me devasta. O som das ondas se quebrando ecoa em meus ouvidos e me faz perceber o silêncio da noite e a dispersão em minha cabeça. Me canso. Rápido, é hora de voltar pra casa. Me viro. Sigo. Ouço passos pela areia. Você?! Você! Não o conheço. Nem nunca o vi. Mas serei breve em descrever o seu olhar perdido e caído. Seus olhos castanhos escuros, não pretos, embora pareçam. O cabelo é escuro, precisando de um corte, um pouco grande, da forma como você gosta. Acredito. Te seguro pelas mãos. Não sei porque fiz isso. Você para e me olha. Diz que precisa ir. Eu faço você ficar. Me aproximo. Você permite. Então te beijo. Você beija de volta. Envolvo todo o seu corpo em um abraço só, como se eu pedisse ao universo que nunca conspirasse para que fizesse você partir. Como se eu pedisse encarecidamente que eu nunca fique em pedaços e você por inteiro ao final.
Eu que, não pedia nada essa noite, estava pedindo tudo. Tudo. Estava pedindo você. E se isso não for pedir demais, eu só quero que fique comigo por uma noite a mais. Conspire! Conspire! Conspire! Respiro fundo, e peço mais uma vez. Vejo você partir. Camisa surfista azul clara e bermuda bege. Perdido. Caminha. Olha para trás. Abaixa a cabeça. Eu peço mais uma vez. Conspire!
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