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quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Desculpe-me o transtorno, mas preciso falar dele.


Eu estava sentado em uma mesa escanteada do Empório Pinheiros quando fui abordado por alguém me entregando uma Vedett. Trocamos alguns olhares momentâneos e em seguida estávamos trocando números de whatsapp. Sim. Ele me pagou uma bebida.

No domingo daquela semana combinamos de tomar uma cerveja e ele ficou de me buscar em casa. Estacionou o carro na Peixoto e me enviou a seguinte mensagem: "Estou em um carro branco." Eu desci e me deparei com 3 carros enfileirados. Todos brancos. "OK, mas qual é o seu?" Respondi. Ele abaixou o vidro, acenou, eu entrei.

No carro, eu olhei pra cara dele e ele olhou para minha e ficamos feito idiotas sorrindo um para o outro. Eu não entendi muito bem mas talvez estivesse me apaixonando a "primeira vista" e quando isso acontece a gente nem precisa entender de fato o que está acontecendo.

Hora do beijo: Chuva. Nós dois. Toda aquela situação. Tinha tudo pra ser coisa da Disney. Beijo romântico de filme com trilha sonora de James Blunt, mas mentira, não foi. O beijo foi bem merda, talvez porque eu estivesse nervoso e ele também. Depois do fracasso do primeiro beijo ficamos em um silêncio atordoante dentro do carro até que eu o chamei pra subir e esperar a chuva passar.

E foi ai que tudo aconteceu. A gente pensa que quando o amor acontece é em câmera lenta em jogos de luzes como num filme baseado em livros de Nicholas Sparks, mas o nosso aconteceu ao som "R U MINE?" do Arctic Monkeys. Álbum que tocou 2x seguidas enquanto ficamos esperando a chuva passar e conversando sobre nós e a vida.

Os dias foram se passando, semanas e meses e hoje rumo aos sete vejo que encontrei tudo que eu buscava em uma pessoa. Meu melhor amigo, parceiro, cúmplice e confidente. Sei que parece tudo maravilhoso falando assim, mas é que na verdade é mesmo.

A gente briga. Grita um com o outro. Desliga o telefone. Desliga o 3G. Faz bagunça pra atrapalhar o sono um do outro. Enterra um ao outro na areia da praia. Toma capote junto. Vomita um no outro. E sobretudo aprendemos a nos respeitar nos detalhes de nossas diferenças. Não nos exigimos mudanças e só aceitamos.

Porque amor de verdade é isso. É você se apaixonar pelo outro e ver que não há defeitos mesmo que você se canse de procurar. Não há. É você não exigir mudanças porque foi pelo jeito dele que você se apaixonou e se apaixona cada dia mais. É saber que ele precisa te aceitar não só nos seus momentos mais legais mas também quando seu humor muda drasticamente por pegar uma chuvinha andando pela Augusta prestes a entrar na Hamburgueria 162. É saber se falar com olhares. É se enjoar do resto do mundo e correr pros braços dele quando na verdade é a única pessoa que nunca te enjoa nunca. Mesmo se falando 24h por dia. Sim. Que é o que a gente faz.

Eu poderia ficar aqui e cansar todos vocês com um textinho fofo só pra esfregar na cara de vocês que eu tô amando mesmo e tá ruim pra disfarçar. Mas enquanto isso a gente planeja em segredo uma grande fuga pra um lugar secreto onde só exista só eu e ele e nossos 2 cachorros. 3 com o New. Porque amar é quando o seu mundo faz sentido em até vender coco na beira da praia com o cara que te olha todos os dias e diz: Eu te amo!

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