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sexta-feira, 13 de junho de 2025

LIDERANÇA E COMPARTILHAMENTO SÃO OS PONTOS FORTES NO LIVE-ACTION DE "BRANCA DE NEVE" DA DISNEY.


Partilhar. Essa é a mensagem principal passada pelo Live Action de um dos contos mais conhecidos do mundo e adaptados pela Disney em 1937. Hoje tirei para assistir a adaptação lançada recentemente estrelada por Rachel Zegler e Andrew Burnap, este por sua vez é conhecido por suas grandes performances no palco em espetáculos feitos na Broadway. 

Para quem não sabe, o conto original da Branca de Neve foi escrito pelos irmãos Grimm em 1812 e a história é um pouco diferente da contada pela Disney, conhecida, e assistida por muitos de nós quando ainda crianças. Além de uma construção mais sombria da história e um final completamente trágico que foge dos padrões de “Finais Felizes”, o original também traz um complexidade muito intensa para cada um dos personagens. 

Já na adaptação feita pela Disney, a história é contada de uma forma mais leve onde uma princesa nasce em um dia de inverno, onde a neve caia e após o desejo de sua mãe de ter uma filha “branca como a neve com os lábios vermelhos como sangue” nasceu a menina chamada de Branca de Neve. Anos depois, em sua infância, sua mãe veio a falecer e um belo dia apareceu uma linda mulher no reino que fez o seu pai, rei governante, se apaixonar por ela. A mulher, que era a mais bela de todo o reino, usava um espelho que era responsável por contar a ela tudo que ela gostaria de saber. Era como se ela tivesse uma espécie de “guru” que a contasse todas as verdades da vida, mas a sua única preocupação era saber quem era a mulher mais linda do reino. Tudo muda quando o espelho que estava sempre habituado a responder “Éres tu, minha rainha, a mulher mais bela deste reino”, para a surpresa da rainha, respondeu que a mulher mais linda do reino era Branca de Neve. 

A essa altura da história, o rei já estava morto e então a rainha mandou um de seus melhores caçadores levar Branca de Neve para a floresta e decapitá-la. Chegando lá, o caçador então se recusou a matar a jovem que fugiu pela floresta e após uma longa jornada caiu de encontro com sete anões que passavam a vida trabalhando em um garimpo localizado em uma mina de ouro. 

Cada um dos anões tinha um nome de acordo com a sua personalidade. Temos o Mestre, que é responsável por guiar e doutrinar toda a turma de amigos, ele é o mais inteligente dos sete e responsável por manter a ordem na casa e também no garimpo. Em uma das cenas ele é responsável por produzir também poções de cura para outros personagens da trama. Temos o Zangado, que está sempre de mau humor, ansioso e amargurado com tudo. O Soneca, que só pelo nome não precisamos nem de muito para concluir que ele é o mais sonolento e preguiçoso dos sete. Temos o Dengoso que é o mais delicado e sentimental da turma. O Feliz que está sempre feliz. O Atchim que parece estar sempre com alergia a algo ou alguma coisa e o Dunga que, este por sua vez, é o mais especial e diferente de todos. Ele não fala. 

A adaptação do filme nos traz mais uma mensagem um pouco reflexiva para nós espectadores que estamos assistindo a trama e esperando apenas uma maçã envenenada ao final do filme com um beijo de amor verdadeiro capaz de acordar uma donzela de um sono eterno. 

No live-action, é possível ver a criação dada pelo Rei e a Rainha à sua filha Branca de Neve que durante todo o seu reinado, eles ensinaram à Branca de Neve a reinar com amor, partilhando a todos os menos favorecidos do reino, sem egoísmo, levando sempre em consideração quatro principais pilares que eram, coragem, justiça, força e sabedoria. E foi assim que Branca de Neve cresceu e se construiu como pessoa. Enquanto sua madrasta tinha o foco apenas na riqueza que eram os diamantes. 

Em uma das cenas, a madrasta de Branca de Neve faz uma analogia onde ela diz que um botão de rosa é mais fraco e menos importante que uma pedra de diamantes. Enquanto o botão de rosa envelhece e murcha, o diamante permanece eternamente em seu estado brilhoso e latente. Após fazer a analogia em frente ao espelho forçando Branca de Neve a se olhar, ela a pergunta se o povo gostaria de receber uma rosa ou diamantes e eis a pergunta fundamental e mais importante da trama que nos faz pensar no que seria mais importante para nós não como sociedade como também estando em uma liderança. Gostaríamos de liderar como uma flor ou como diamante? 

E é assim que o filme se desenrola a partir do segundo ato, onde mostra Branca de Neve aprendendo a reinar na floresta estando na casa dos sete anões, onde ela os ajuda na organização, na divisão das tarefas e se coloca na frente de uma quadrilha de ladrões que lutava pelo rei. Ela, uma princesa, colocando a vida em risco por uma equipe que lutava em prol de seu pai. Podemos meramente fazer uma associação com o nosso mundo corporativo e um papel claro de liderança. 

Enquanto isso, no reino, a rainha liderava os seus súditos transformando todos os homens em guerreiros. O padeiro e outros menos favorecidos viraram soldados da rainha que lutavam por e para ela enquanto ela permanecia sentada em uma mesa extensa em frente a uma fartura de comida em um banquete que era sempre servido a ela e a mais ninguém enquanto todo a comida do reino estava totalmente escassa e eles viviam em situações precárias. Ela visava apenas o retorno da riqueza. Ela queria ser construída a base de diamantes. Fazendo uma breve comparação é como se Branca de Neve trabalhasse pela qualidade e a madrasta trabalhasse apenas vendo os números. 

Uma das cenas mais emocionantes do filme é quando Dunga, o anão especial que tem aparentemente problemas sociais e é o mais introspectivo dos sete, se atrapalha no meio de uma confusão generalizada em uma mesa de jantar e acaba sendo atingido na cabeça com uma panelinha de sopa de mingau que fez com que todos os anões dessem gargalhadas dele deixando-o completamente constrangido ao ponto de sair do local com lágrimas nos olhos. Branca de Neve então que acompanhou tudo, saiu do local rapidamente e foi acompanhar Dunga que já estava sentado em uma pedra e calado. E foi aí que o diálogo mais humano e interessante aconteceu. Ela descobre que Dunga não fala e então ela o ensina a assobiar, que era uma forma de ele conseguir se comunicar. 

Embora tenham muitas críticas na internet a respeito da nova adaptação do conto de fadas, vale a pena assistir em um final de semana estando com a família na sala e fazer comparações não só com o mundo corporativo como também a cenários específicos da sua vida. As músicas que acontecem no decorrer da história não chegam a ser tão cansativas, pois parecem mais monólogos os personagens com falas e insinuações que compõe toda a cena. 

Minha conclusão para este filme é que mais uma vez a Disney acertou no formado de mais um live action que poderia ser facilmente para toda a criançada, mas pode ser levado tranquilamente para o mundo adulto. O meu aprendizado com ele foi reconhecer dois tipos de liderança, um lider que preza pela qualidade de uma entrega e o outro líder que preza apenas por números na entrega ou no resultado. E é a partir daí que a história no mundo corporativo faz sentido, como sociedade, como nós gostaríamos de ser doutrinados? Visando uma rosa ou diamante? Visando qualidade ou números? 

E quase me esqueci da mensagem principal da história que é a palavra “Partilhar”. Essa palavra nos constrói muito como colaboradores ou líderes. Que é compartilhar, sendo ele conhecimento, histórias que podem nos agregar em algo na vida particular ou profissional, mas para o profissional o importante é ser multiplicador. E sempre se lembrando dos quatro pilares principais: Coragem, Justiça, Força e Sabedoria. 

quarta-feira, 11 de junho de 2025

SURFACE, DEEP e DARK - AS CAMADAS DA INTERNET.

 


Recentemente me sentei para escrever um livro contando a história de um hacker que é contratado por um desconhecido em um site na Dark Web para assassinar um empresário rico, famoso e corrupto da cidade de São Paulo. Essa não é toda a história, mas é apenas o resumo de uma história completamente esboçada nos sentimentos dele e nos julgamentos do que o personagem e a sociedade dita como certo e errado em nosso convívio diário. Para escrever esta história, eu precisei me aprofundar bastante em temas como hacking, investigação criminal, cibersegurança e outros temas voltados às camadas da internet. Por isso, estou aqui escrevendo mais este post (que eu gostaria muito de chamar de artigo, mas posto como artigo, porque as postagens normais no LinkedIn possuem limites de caracteres). 

Costumo dizer que navegar na internet é como colocar os pés para fora de casa quando se sai para ir ao trabalho, ao supermercado, ou até mesmo se encontrar com amigos em um dia qualquer. Minhas analogias relacionadas ao tema internet vão desde andar descalço pela chuva, sem rumo e destino, até mesmo com calçados reforçados e botas para não se afundar em um eterno lamaçal. Afinal, para navegar na internet precisa-se de muito cuidado. Não só para não clicarmos em alguma propaganda enganosa que espalhe algum vírus em nossas máquinas como acessar indevidamente algum link malicioso que coloque todos os nossos dados em risco. 

A internet tem os seus perigos e todos nós sabemos muito bem disso. Uma das nossas maiores vantagens, são os filtros que são feitos automaticamente pelas redes sociais que utilizamos com base nos conteúdos que normalmente consumimos. Quando se entra no ícone de explorar de uma rede social como “Instagram” ou até mesmo feed do “LinkedIn” você verá nos recomendados apenas as postagens que você está habituado a curtir ou a ler. Isso traz clareza sobre a pessoa e o perfil que você tem e esboça na internet. Em uma era tecnológica, igual a que vivemos hoje, todas as suas curtidas definem a sua personalidade a olhos de outras pessoas. Isso acaba sendo uma faca de dois gumes. Ou seja, tem um lado positivo como também tem o seu lado negativo. 

Não tem como não falarmos da internet sem começarmos pelas camadas responsáveis pela composição deste mundo cibernético. Dividida em três camadas Surface Web, Deep Web e a Dark Web que possuem vastas características e com ela trazendo várias utilidades e níveis específicos de acesso. A internet é como se fosse um iceberg, onde na ponta do iceberg até a superfície da água temos a camada chamada “Surface Web”, abaixo da superfície temos uma outra camada que se chama “Deep Web” e um pouco mais a fundo e nas profundezas do oceano temos a “Dark Web”. 

A Surface Web é a parte mais acessível da internet composta por diversos sites de notícias, redes sociais, lojas virtuais, serviços de comunicação e servidores de e-mail, sites reprodutores de vídeos e músicas e outras diversas plataformas de streaming e entrenimento. Todas estas plataformas possuem indexação que é o responsável por colocar o site na relação das listas de resultados de pesquisa em sites como “Google” e “Bing”.  

Estar em algum site da surface web não quer dizer que você esteja seguro dos perigos que rondam a internet, muito pelo contrário, precisamos sempre estar atentos às tentativas de pishing que costuma ser um palco para ataques de criminosos que utilizam meios para obterem informações sigilosas como dados pessoais, senhas e dados bancários, deixando qualquer indivíduo vulnerável para ataques cibernéticos e roubos de dados. 

Há também o famoso Malware que estão em sites infectado que, quando acessados, podem comprometer toda a segurança de um determinado dispositivo ou rede, trazendo assim uma violação de dados deixando informações expostas onde criminosos realizam ataques nos bancos de dados de empresas e grandes empresários ao redor do mundo. 

Quando navegamos pela surface, estamos também vulneráveis a vários de tipos de fraudes e golpes que se diversificam de propostas fraudulentas e propagandas enganosas que fazem com que a vítima gaste algum dinheiro e não receba um produto ou serviço de volta ou de acordo com o que havia combinado como também vendas de produtos falsificados. 

Os perigos não estão só no momento em que navegamos na internet, estão também circulando por todos os nossos e-mails como corporativos e pessoais, por exemplo. Existem também o recebimento de e-mails suspeitos com propagandas e anúncios que podem conter links e remetentes desconhecidos que te deixam a mercê de um grande ataque. 

A Deep Web são sites não indexados pelos mecanismos de buscas como mencionado anteriormente “Google” e “Bing”. Todos os conteúdos que estão na Deep Web, se buscados por algum canal de pesquisa não aparecem em uma busca comum. Ela tem um acesso restrito onde geralmente é preciso acessá-la por uma URL específica ou utilizar alguma credencial de acesso como senhas e logins.  

Quando se fala do termo Deep Web, imaginamos que estamos cometendo um crime em acessar alguma plataforma que seja considerada uma “Deep”, porém não é bem assim que acontece. Esta camada hospeda documentos acadêmicos, artigos científicos, bancos de dado, informações pessoais protegidas que podem ser utilizadas para diversas finalidades legítimas como por e-mails pessoais, corporativos, bancos virtuais e sistemas variados de intranet da empresa que também não estão indexados por serem de natureza sensível devido aos conteúdos que abrigam.  

Ao contrário do que muitos pensam, a Deep Web exige uma segurança de acesso com autenticação de dois fatores onde possui criptografia para uma segurança de compartilhamento ou vazamento de dados e políticas de acesso restritas. Digamos que ela é uma das partes essenciais da internet. 

Agora vem uma das partes mais sensíveis e tão aterrorizante como um filme de slasher dos anos 90, a Dark Web. Qual adulto de hoje em dia que nunca almejou quando adolescente nos anos 90 ou 2000 acessar algum site da Dark Web apenas por curiosidade, estando em um grupo de amigos em uma tarde após o colégio que atire a primeira pedra.  

A “Dark Web” é conhecida por oferecer aos seus usuários um determinado anonimato e uma facilidade para acessar conteúdos e praticar comportamentos cibernéticos sem a rastreabilidade dos operantes das plataformas ou sites. Estes locais, normalmente não podem ser encontrados em sites de pesquisa devido a sua não indexação e muitos dizem que o acesso aos sites das “profundezas” é permitido apenas por navegadores como “Tor”, por exemplo que funciona como um ciclo onde o tráfego da navegação é misturado entre diversos dados dificultando a dificuldade da rastreabilidade de acessos e facilitando a prática de atividades ilegais como acesso a conteúdos censurados, tráfico de drogas, venda de dados roubados e prática de atividades terroristas e crimes de assassinato, violência sexual e diversos tipos de pornografia consideradas totalmente ilegais. 

Além disso, é muito comum encontrarmos golpistas dispostos a aplicar golpes e fraudes na Dark Web, devido a isso, qualquer um pode fazer o que bem entende sem o medo de ser rastreado ou encontrado após praticar este tipo de ato. 

Agora, vem a minha analogia. Como você gostaria de navegar na internet hoje? Pense como você gostaria de sair de casa. Como está o dia? Ensolarado? Chuvoso? E a temperatura? Fria? Quente? Que tipo de roupa você gostaria de usar? E que tipo de calçado para proteger os seus pés do chão? Essa é a internet.




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