Há dois meses atrás você conheceu
um cara. E ele te deu o melhor sexo da sua vida. A compatibilidade na cama foi
a melhor impossível, ele te morde do jeito que você gosta, de aperta do jeito
que você gosta, te pega do jeito que te faz morder os travesseiros. Te faz
procurar em outros corpos o que você só irá encontrar nele. É. Ele te faz
literalmente gozar de prazer.
Você acorda no dia seguinte dá
bom dia pro mundo, sorri pro porteiro, dá boa tarde pro piloto da lotação.
Consegue chegar até vinte minutos antes do seu horário no trabalho. Afinal,
você está motivado. No dia seguinte vocês trocam mensagens, combinam de se ver,
ele te leva pro cinema, vocês assistem desenho animado, e você acha tudo aquilo
uma fofisse.
Ele morre de rir feito um
crianção enquanto você chora por não ter ido assistir o drama misturado com
suspense – seu gênero favorito da sessão das nove. Ele te aperta a cada risada,
te dá beijo, e volta com o olhar para a tela de cinema. Aflito e atento à cada
detalhe do filme, ele quase nem nota que você está alí clamando por ele. Foi
uma das noites mais divertidas que você teve desde o namoro turbulento o qual
saira meses atrás, então você pensa que sua vida enfim está entrando no eixo. Aceitando
o fato de que pode estar prestes a entrar em outro relacionamento, ou talvez
não, gama no cara, pensa nele o tempo todo, e tenta inúmeras vezes sair com o
talzinho.
Ele some, não te liga mais, e
quando você manda mensagens ele diz para marcarem algo, e sempre surge um
imprevisto (Seja dele ou seu). Você enfim, cansa de dar murro em ponto de faca.
Deixa o ser humano de lado e toca sua vida com as pessoas mais erradas da face
da terra chorando o melhor sexo da sua vida, e buscando tê-lo novamente. Daí
num dia desses qualquer você se esbarra com ele na rua, uma surpresa, ambos
surpresos, três meses depois da surra na cama que ele te deu.
Você sorri chama pelo nome dele,
ele te reconhece, te abraça. E eu estou falando daquele abraço apertado, sabe?!
Você pede o número dele de novo, afinal, com esse seu jeito maluco de deletar
pessoas você acabou deletando o número dele também. Essa é a hora que ele te
convida para uma visita no final do dia, e você fica igual a um maluco com
aquilo na cabeça, seus hormônios gritam, clamam por sexo o tempo, se derretem
por ele.
Você passa a tarde toda pensando
em fazer o confronto de vocês valer a pena e prender o cara de vez. Ou talvez
você só queira sexo mesmo. Não sei. Ele diz pra você se arrumar que ele vai te
pegar. Você toma um banho, fica gostoso, cheiroso, e faz planos de quais
posições fará, como tirará a roupa, e quais os locais transará com o tal cara.
Passa um bom tempo na frente do espelho até se certificar que está pronto e não
está faltando nada no seu visual, e manda uma mensagem pra ele dizendo que está
tudo ok e que ele já pode bater na porta do seu castelo, afinal você está uma
princesa. (risos)
O cara não hesita em te responder
logo em seguida: “Já estou com nossas entradas” Você faz uma cara de “What the
fuck man?” e ele conclui “Vamos assistir TED no cinema hoje”. É a hora que você
sente toda a sua vida desmoronar, seu castelo desaba, sua coroa cai, e você
grita por dentro, jorra totalmente o tesão na parede. TED? TED? TEEEEEEEEEEED?
Você repete pra si desesperadamente. Sério que ele te chamou pra ver o filme do
ursinho enquanto tudo que você queria era transar com ele feito um animal?!
Essa é a hora que você desliga o celular e finge com a cara mais lavada do mundo que a
sua bateria acabou. Não sabendo ele que o tesão também.
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