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domingo, 22 de dezembro de 2024

REPOSTAGEM DE UM POST ALEATORIO DO LINKEDIN


Estava eu mexendo no telefone agora e, sem nada para fazer, decidi entrar na rede social vizinha com o logo colorido com o ícone de câmera polarizada e me deparei com um story de uma moça que eu me simpatizei durante o 2024 e decidi presenteá-la com YELLOW. Tem duas semanas que ela recebeu o livro e na correria ela disse que começaria a lê-lo e se quer começou e isso para mim não fez nenhuma diferença. Digo, só de ela ter lido a introdução do livro, a contra capa e o prefácio e tê-lo colocado em sua prateleira, para mim, já é um grande marco. 
Em seu story, ela comentou completamende de forma avulsa sobre o quanto ela estava sentindo-se desligada ao ponto de ir a lavar as mãos e começar a lavar o telefone em baixo de uma torneira e começar a rir descontroladamente. Qualquer um que estivesse em um dia completamente amargo (como eu estou hoje) reviraria os olhos e diria para si mesmo "E o que eu tenho a ver com isso?" e isso me fez refletir sobre as coisas que eu tenho postado aqui.

Eu também me identifiquei completamente com ela. Eu postei muitas coisas aqui ao longo das últimas semanas que podem ter dividido opiniões e está certo porque leituras dividem opiniões e em uma conversa completamente consultiva que tive com uma de minhas lideres na sexta feira na qual falamos sobre o conteúdo das coisas que eu vinha postando aqui, ela me disse nas seguintes palavras:

"Olha, eu não li o que você anda escrevendo, mas se eu ler um texto seu e não concordar com algo que você escreve, isso é uma opinião textual e é um direito meu concordar ou não com o que você escreve"

E ela está certíssima, assim como os conteúdos que eu vejo e me deparo em qualquer rede social e se eu julgar isso de uma forma completamente egoísta eu estou sendo completamente equivocado comigo mesmo, pois eu também estou nesta posição de escrever coisas que dividem este tipo de opinião.

Por que eu estou dizendo isso? Levantar bandeira a respeito de assédio em consultorias é uma acusação extremamente séria e que ao postar isso, eu acabei recebendo um comentário que isso ainda é um assunto muito sério e muito negligenciado e que precisa de atenção, mas falar disso tão abertamente ao ponto de ficar amplificado e tão aberto ao ponto das pessoas tirarem qualquer tipo de conclusão, faz com que todos pensem tudo e qualquer coisa de tudo e todos. 

Todos os meus relacionamentos amorosos tiveram momentos bons e momentos ruins. Meu último relacionamento durou quase oito anos e dos oitos anos vividos apenas um deles foi horrível. Se você está em um relacionamento, sendo ele profissional ou amoroso, você tem que perguntar se todo o tempo tem sido ruim ou se todo o tempo tem sido bom. Digo, se você passa oito horas com a pessoa e apenas uma hora é ruim, a gente não pode falar que todas as oito são horríveis.

Eu nunca fui assediado e nunca fui constrangido nos locais onde eu estive, mas me doí por algumas amigas e me senti no direito de colocar isso em pauta de uma forma que trazendo essa preocupação podemos sanar quaisquer comportamentos através de formulários anônimos que se respondidos faz com que todos tomem mais cuidado nos tratamentos uns para com os outros e é disso que nós precisamos.

Hoje quando eu leio alguma coisa que difere da minha opinião, ou eu me deparo com alguém que é completamente diferente de mim, antes de eu fazer qualquer julgamente eu penso nisso tudo e reflito sobre será que eu estou sendo cuidadoso com essa pessoa? Somos completamente diferentes uns dos outros e precisamos nos respeitar e termos cuidado uns com os outros e é sobre isso.

Pensando nisso tudo, antes de passear com o meu cachorro na rua, eu só quis evidenciar isso aqui. 

Por que eu tenho postado muito aqui?

Porque as pessoas me veem alocado oito horas do meu dia e não sabem o que se passa na minha cabeça e se eu não evidencio isso aqui, elas só ficam com as minhas postagens em academia e aleatórias que faço na rede social vizinha na qual eu não consigo nem esboçar o que eu penso e o que eu falo dado que eu estou o tempo todo de home office e não consigo nem sentar para tomar um café com uma colega de sala em uma copa no escritório durante o meu dia de trabalho e é sobre isso. 
Obrigado por me aturarem por aqui.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

QUEM SABE?


 Um amargo na boca. Quem nunca o sentiu? Este é o gosto da vida. Viver. Dizem por aí que viver é conseguir aproveitar todas as coisas que a vida pode nos oferecer. Vida. Ela oferece? Ela dá? Nós conseguimos? Vida. Por todos os lados., Dizem que a vida termina com a morte, mas não. Vida é eterna. Por todos os lados sentimos vida. Eternidade. Quem acredita? Poderíamos tê-la ou poderíamos sê-la? Ser. Como ser? Este é um verbo tão fácil de ser explorado e ao mesmo tempo tão difícil de ser explicado. Como explicar? Como entender? Como ser? Será que quando falamos um “Será”, palavrinha tão complicada e relacionada a um espaço temporal, estaria ele também relacionado ao ser? Ser está relacionado à dúvida de ser ou existir? Talvez? Como ser? Será que seríamos? Ou como sou? Será que eu sou? Como explicar? Talvez nem nós saberíamos. Mas como saber? Será? Nossa... Que gosto amargo eu sinto na boca. Acho que vou me levantar e beber um pouco de água. Se hidratar. Será que os peixes lá em baixo, nadando em alto mar, estariam sonhando em talvez ser como pássaros. Será que ele já viram pássaros de verdade? Como seria voar para eles? E se fossemos peixes e vivessemos em uma imensidão de água no fundo do mar e olhássemos para cima e ao invés de ver um céu cheio de nuvens vissemos talvez uma o céu através da iluminação das ondas de um mar. Água salgada ou água doce. Será que teríamos essa divisão? Quando crescemos, nós sonhamos, quando sonhamos, queremos ser, quando somos, nós somos. Será que sonharíamos em se mudar para uma água doce caso vivessemos em uma água salgada? E se fosse ao contrário? Como seria? E quanto ao céu? Temperaturas? Quais temperaturas escolheríamos se fôssemos pássaros? Para qual direção iríamos? Para o lado? Para cima? Para baixo? Asas. Penas. Como seriam nossas asas? E nossas penas? Seriam como nossos cabelos? Conseguiríamos ser gaviões com penas de pomba? Seríamos urubus com penas de canários? Caçaríamos mesmo que não tivéssemos estes instintos? Conseguiríamos? Seríamos? Será? Ser? Como ser? Uma certa vez me peguei sozinho pensando a respeito de ser e me perguntei várias coisas. Será que eu sou. Será que eu posso ser? Será que seríamos todos nós? Ou será que seria apenas eu? Como saber? Eu sei. Você sabe? Nós saberíamos? Será que eu sei de verdade? Ou será que eu sei de mentira? Como saber? Eu não sei. Você sabe? Talvez. Talvez. Talvez. Talvez.

domingo, 8 de dezembro de 2024

CADENTES

 Te olhei.

Tive medo.
"Vem", você me disse.
Sem medo fui, mas com receio te provei.
Foi alegria. Foi entusiasmo.
Sua companhia era de me tirar os sonos.
Cada dia, cada noite, era tudo que eu tinha.
Ficávamos horas juntos.
E então fomos nos tornando apenas eu e você e foda-se o resto do mundo.
Pra quê se preocupar com o mundo quando eu tinha você?
Era só pedir, com trinta minutos você vinha e me reluzia.
E então mais uma vez era eu e você, e mais dias e noites juntos em uma imensidão clara como cometas que rasgavam o céu. Vários cometas, muitos rastros, todos perfeitos e perdidos. 
Como estrelas cadentes no céu você rasgava a imensidão da noite, reluzia, até que então as estrelas se apagaram.
A noite ficou vazia e eu pedia, implorava por te ver, não queria te deixar. 
Ficar sem você me tornava vazia, me fazia ficar fora de mim, pois não me reconhecia mais.
Os dias começaram a ser estranhos, não tinham mais graças, sem você, não me importava mais nada.
Eu só queria você.
Então eu pedia e em palavras curtas você respondia que vinha.
Chegando.
Descendo.
Cometas.
Estrelas cadentes.
Céu escuro.
Vão de imensidão e escuridão.
Era dia e você ainda estava aqui.
Dolorosa era a parte de partir. 
Eu só queria que você ficasse por mais uma tarde ou noite.
Mas você ia. Tão ingrata.
E quando ia e me deixava, lá eu estava. Sozinho.
Olhando um céu, em sua imensidão escura, sem nenhuma estrela, sem nenhum brilho implorando pelo amanhecer, aquela imensidão clara que você levou. 
Os dias se passavam, e cada segundo eu prometia ser a última vez.
As estrelas voltavam aos poucos brilhar em meu céu, noites e noites, e então eu pedia a ver cadentes. 
Rasgando o céu com o você. Justo eu, que por todas as outras vezes prometia ser a última vez.
Última vez, prometo. 

SENTI-LO IREI


Há algo estranho na minha sanidade neste momento.
Olho para frente e sinto que toda a tormenta enfim se vai.
Porém ainda existem algumas nuvens carregadas no céu.
Em um céu cinza, existem nuvens carregadas, vejo pancadas de chuva, sinto ameaças de trovões, tormentas e furacões.

Com medo, minhas janelas se fecham.
Meus olhos se fecham como janelas em meio desta tormenta.
Sinto o vento estremecendo a minha estrutura.
Me leve.
Leve. Quão leve eu sou? 
Seria eu fragilmente leve ao ponto de ser carregado por esta tempestade?

Há tempestades? O que está acontecendo lá fora?
Não sei. Minhas janelas estão fechadas, mas sei que se me ponho a olhar, ver além, conseguirei enxergar.

Enxerga-lo irei.

Senti-lo irei.

Minhas janelas são de uma casa de palha que em meio a uma ventania se tornam fracas e quebradiças que em cada batida do vento se leva alguns pedaços.

Pedaços aqueles que nunca os terei de volta.

Pedaços que se vão longe.

Não consigo pega-los.

Recupera-los.

Não consigo.

Meus olhos ainda fechados.

Quando poderei abri-los de novo?

Sem medo.

Sem receio.

Com segurança.

Gostaria de estar intacto após essa tormenta que passa por mim, ou pela qual passo eu. Não sei quem de nós se encontrou primeiro. Se ela veio até mim ou se eu simplesmente cheguei até ela.

Sei que estou no meio do furacão.

Há perdas. Há danos. Há ganhos.

Entre perdas, danos e ganhos eu prefiro os ganhos.

Abro meus olhos. Seguro. Olho para o céu.

O céu cinza enfim tem uma tonalidade azul que me arranca um sorriso de canto de boca. 

Enfim, posso abrir minhas janelas e com menos receios deixar o vento entrar. 

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